Etiquetagem do uso da energia: uma nova proposta de rotulagem ambiental
Sinopse
De acordo com os princípios estabelecidos pela Agenda 2030, reconhece-se o uso de energia como um dos aspectos ambientais gerenciáveis em uma organização e a Eficiência Energética como alternativa aos impactos socioambientais da expansão da geração de energia. Ademais, dada a dificuldade de encontrar dados de consumo de energia subsetoriais e inspirado no Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), enfatiza-se a utilização de energia elétrica e se apresenta uma nova proposta de etiquetagem do uso de energia como uma autodeclaração ambiental, a partir da desagregação de faturas de energia e indicadores de produtividade. Com destaque para as edificações não-residenciais, evidencia-se uma linha do tempo com a evolução da etiquetagem do uso da energia no Brasil, ressaltando-se o PBE como paradigma tradicional brasileiro e se analisa a expansão das Instituições de Ensino Superior no Brasil, justificando-se a escolha de uma destas instituições como objeto de estudo, dada a necessidade da atuação de um Sistema de Gestão Energética. A seguir, destaca-se os aspectos técnicos referentes à elaboração de uma Matriz de Indicadores Ambientais com base no Modelo Pressão-Estado-Resposta e, através de revisão sistemática, evidencia-se a elaboração de Índices de Eficiência Energética, com ênfase na Análise Envoltória de Dados, técnica relevante à pesquisa cienciométrica realizada e à Rotulagem Ambiental proposta na publicação. Ademais, utilizando-se um estudo de caso, mostra-se o processo de construção da etiquetagem proposta, que se inicia com o Diagnóstico Preliminar do uso de energia, culminando na determinação do Indicador de Perdas Gerenciáveis e do Indicador de Custos Gerenciáveis, geral e por agrupamento, sintetizados, posteriormente, no Índice de Eficiência Energética Relativa, também nestas duas perspectivas. Ainda nesta etapa são apresentadas estratégias para a melhora destes Aspectos Ambientais, além da nova proposta de etiquetagem do uso de energia, considerando-se o paradigma sistêmico do meio ambiente, com a sua complexidade, intersubjetividade e instabilidade. Trata-se, portanto, de um modelo diverso do paradigma tradicional brasileiro. Por fim, ainda como principal contribuição desta publicação, um mapa dinâmico é apresentado, de modo que as etiquetas elaboradas para a instituição objeto de estudo podem ser acessadas gratuitamente pela internet.