Semiologia nefrológica

Autores

Ginivaldo Victor Ribeiro do Nascimento
Universidade Estadual do Piauí
https://orcid.org/0000-0002-4617-3332
Isabella Melo Soares
Centro Universitário UniFacid Wyden
https://orcid.org/0000-0003-2514-9277
Palavras-chave: Nefrologia; Semiologia; Rins

Sinopse

A semiologia é a base do exercício da medicina clínica, através dela ocorre a construção de um de um raciocínio clínico e, por meio deste, se estabelece uma hipótese diagnóstica. Além disso, através de uma minuciosa anamnese e de um exame físico realizado de maneira precisa e abrangente, contribui-se para o fortalecimento da relação médico-paciente. A Nefrologia é uma especialidade médica que visa diagnosticar e tratar clinicamente as patologias renais e que, por sua vez, conta com a semiologia nefrológica para auxiliar a estabelecer diagnósticos sindrômicos. O envolvimento do aparelho renal e urinário é cada vez mais frequente na prática clínica, seja por patologias renais primárias ou por um acometimento secundário a uma patologia de base, entre esses acometimentos, a presenta obra trata das mais frequentes disfunções encontradas na nefrologia: Síndrome Nefrótica e Nefrítica, glomerulopatias primárias, que representam a 3º causa de doença renal crônica no Brasil, sendo a 1º em pacientes jovens. Ambas acometem a mesma estrutura, o glomérulo renal, no entanto, diferem quanto a etiologia, enquanto a síndrome nefrótica ocorre por alteração da permeabilidade da membrana basal, a síndrome nefrítica ocorre em decorrência de uma doença autoimune, que lesa a membrana basal glomerular em decorrência da hipercelularidade oriunda da cascata inflamatória causada por ela. A Injúria Renal Aguda (IRA), definida como queda abrupta da filtração glomerular, é uma importante causa de morbidade e morbimortalidade. Pode ser subdividida em: IRA Pré-Renal, associada a hipovolemia leve e transitória; diminuição do débito cardíaco e diminuição da volemia circular efetiva. A IRA Renal também pode ser causada por hipovolemia, no entanto, esta sendo duradoura e severa, bem como, por glomerulonefrite rapidamente progressiva e nefrite intersticial. E a IRA Pós-Renal, que por sua vez é ocasionada por qualquer situação que gere obstrução do trato urinário e impacte na queda da filtração glomerular. A Doença Renal Crônica (DRC) é uma patologia caracterizada pela queda progressiva e irreversível da função renal, com crescente prevalência, pois apresenta como principais causas, a hipertensão arterial sistêmica e o diabetes mellitus, patologias de base extremamente frequentes na sociedade. As consequências são distúrbios das funções dos rins: acidose metabólica, acúmulo de escórias nitrogenadas, hipervolemia, uremia e azotemia, hipercalemia, anemia e doença mineral óssea. Em geral, essas manifestações clínicas são tardias. Além disso, o curso final de um paciente com DRC costuma ser a diálise, a terapia renal substitutiva, ou o transplante renal. Por fim, a última patologia abordada nesta obra trata-se da Litíase Renal, definida como a concreção de formações calculosas nos rins e nas vias urinárias. É uma das causas frequentes de queixa de cólica renal. Os cálculos podem ter diversas composições, sendo em 70% dos casos compostos de oxalato de cálcio e 5% dos casos de ácido úrico. O quadro clínico pode ser diverso, o paciente pode ser assintomático, oligossintomático com discreta sensação de dor ou peso no flanco correspondente e pode apresentar o quadro característico, que é a cólica nefrética, caracterizada por uma dor em região lombar, unilateral, de forte intensidade e acompanhada por náuseas e vômitos. O sinal semiológico e característico da litíase renal é o Sinal de Giordano, a punho percussão dolorosa na região lombar. 

Biografia do Autor

Ginivaldo Victor Ribeiro do Nascimento , Universidade Estadual do Piauí
Isabella Melo Soares , Centro Universitário UniFacid Wyden
Capa para Semiologia nefrológica
Publicado
março 24, 2023
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